domingo, 29 de janeiro de 2012

Minimamente feliz




   A felicidade, ao contrário do que nos ensinaram os contos de fadas e os filmes de Hollywood, não é um estado mágico e duradouro.
  Na vida real, o que existe é uma felicidade homeopática, distribuída em conta-gotas.
Um pôr-de-sol aqui, um beijo ali, uma xícara de café recém-coado, um livro que a gente não consegue fechar.
   São situações e momentos que vamos empilhando com o cuidado e a delicadeza que merecem alegrias de pequeno e médio porte e até grandes (ainda que fugazes) alegrias.
   Eu contabilizo tudo de bom que me aparece, sou adepto da felicidade homeopática.
  Tenho consciência de que são momentos de felicidade e vivo cada segundo.
   Alguns crescem esperando a felicidade com maiúsculas e na primeira pessoa do plural: Dá pra ser feliz no singular: Podemos viver momentos ótimos mesmo não estando acompanhados e que não tem sentido esperar até que um fato mágico nos faça felizes.
   E faz parte da minha ‘dieta de felicidade’ o uso moderadíssimo da palavra ‘quando’.
  Aquela história de ‘quando eu ganhar na Mega Sena’, quando eu tiver um emprego fabuloso’. Tudo isso serve apenas para nos distrair e nos fazer esquecer da felicidade de hoje.

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